ATIVIDADE 1 - 1º ANO (FUNÇÕES DE LINGUAGEM)

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Para entendermos com clareza as funções da linguagem, é bom primeiramente conhecermos as etapas da comunicação.
Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em todos (ou quase todos) os momentos.
Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, com o livro que lemos, com a revista, com os documentos que manuseamos, através de nossos gestos, ações, até mesmo através de um beijo de “boa noite”.



No ato de comunicação percebemos a existência de alguns elementos, são eles:


ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO


a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas).

b) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo), também conhecido como destinatário. 

c) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida.
d) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá decodificar. 
e) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM


Funções da linguagem são recursos de ênfase que actuam segundo a intenção do produtor da mensagem, cada qual abordando um diferente elemento da comunicação. Um texto pode apresentar mais de uma função enfatizada.

1. Função referencial: referente é o objeto ou situação de que a mensagem trata. A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir informações objetivas sobre ele. Essa função predomina nos textos de caráter científico e é privilegiado nos textos jornalísticos. 
2. Função emotiva: através dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, avaliações, opiniões. O leitor sente no texto a presença do emissor.
3. Função conativa: essa função procura organizar o texto de forma a que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa função, busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento.
4. Função fática: a palavra fático significa “ruído, rumor”. Foi utilizada inicialmente para designar certas formas que se usam para chamar a atenção (ruídos como psiu, ahn, ei). Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer sua eficiência
.5. Função metalinguística: quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalinguística.
6. Função poética: quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou de ideias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. É explorado na poesia e em textos publicitários.



ATIVIDADE


     Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem:

1. Ocorre quando o referente é posto em destaque, ou seja, o objetivo do emissor é simplesmente o de informar o seu receptor. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Os textos desta linguagem são dotados de objetividade, uma vez que procuram traduzir ou retratar a realidade. Bons exemplos da função ____________________________________são os textos jornalísticos e científicos. 

2. Ocorre quando o receptor é posto em destaque, ou seja, a linguagem se organiza no sentido de convencer o receptor. Neste tipo de função é comum o emprego de verbos no imperativo e verbos e pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Bons exemplos da função ___________________________________são os textos de publicidade e propaganda. 

3. Ocorre quando o código é posto em destaque, ou seja, usa-se o código linguístico para transmitir aos receptores reflexões sobre o próprio código linguístico. Bons exemplos da função  ______________________________________ são as aulas de línguas, gramáticas e o dicionário. 

     

4. Ocorre quando o emissor é posto em destaque, ou seja, a mensagem está centrada na expressão dos sentimentos do emissor. É um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso de verbos e pronomes em 1° pessoa e também o uso de pontos de exclamação e interjeições. Bons exemplos da função  _______________________________________ são textos líricos. 


5. Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem é apenas testar o canal, o que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Exemplos típicos da função ______________________________________são: "alô", "pronto", "oi", "tudo bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc.

6. Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se a atenção para o modo como foi organizada a mensagem. Bons exemplos da função ____________________________________________ são textos literários, tanto em prosa quanto em verso. 

7. “O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem” rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência.” (O Estado de São Paulo)     ____________________________

8. O verbo infinitivo

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar ...  
(Vinícius de Morais)  __________________________________
9."Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital  da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca." (Matoso Câmara Jr.) ______________________________________

10. " - Que coisa, né? 
           - É. Puxa vida!
            - Ora, droga!
            - Bolas!
           - Que troço!
           - Coisa de louco!
            - É!" ________________________________________

11.  "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Light." ____________________________

12.  "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo  ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria  tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos) ______________

13. " - Que quer dizer pitosga? 
        - Pitosga significa míope.
        - E o que é míope?
        - Míope é o que vê pouco." _______________________________ 


14. Estabeleça a relação:

1. Emotiva
2. Referencial
3. Poética
4. Conativa
5. Metalinguística
6. Fática


(     ) Emissor
(     ) Contexto
(     ) Código
(     ) Destinatário
(     ) Mensagem
(     ) Canal de comunicação




15. Leia o texto a seguir e indique a função da linguagem predominante:

Atribui-se a invenção da acentuação ao gramático de Alexandria chamado Aristófanes de Bizâncio (120 a. C.)

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16. Qual é o objetivo da utilização da função conativa no nome da revista a seguir? Explique.

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17. Leia o texto a seguir e diga qual é a função da linguagem utilizada no texto em destaque:

“Dizem que sou louco”
Dizem: oração principal
Que sou louco: oração subordinada substantiva

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18. Explique a função metalinguística no texto a seguir:

- Você vai roer uma pupunha.
- O que é pupunha?
- É dar duro.

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Observe e responda o que se pede:

19. Explique o emprego da função poética no texto a seguir:

O não me irrita
O sim me excita

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20. Quais  as funções de linguagem identificadas no texto abaixo?

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade)

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21. Que função da linguagem predominante nos fragmentos a seguir:

Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus.

Ele: – Pois é.
Ela: – Pois é o quê? 
Ele: – Eu só disse pois é.
Ela: – Mas “pois é” o quê?
Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende.
Ela: – Entender o quê?
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já.

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O texto a seguir refere-se às questões 22, 23 e 24.

Pai……..
- Hummmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo. 
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É.Quer dizer,não.Existem dois sexos.Masculino e Feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino.Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
- O sexo pode ser masculino ou feminino.A palavra “SEXO” é asculina.O SEXO masculino,o SEXO feminino.
- Não devia ser “A SEXA”? 
- Não.
- Por que não?
- Porque não!Desculpe.Porque não.”SEXO” é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- É.Não!O sexo da mulher é feminino.
- E como é o feminino?
- Sexo mesmo.Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É.Quer dizer…Olha aqui.Tem o SEXO masculino e o SEXO feminino,certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes. 
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não.Ou,são!Mas a palavra é a mesma.Muda o sexo,mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo.É sempre masculino.
- A palavra é masculina .
- Não.” A palavra” é feminino.Se fosse masculino seria “o pal…”
- Chega!Vai brincar ,vai.
O garoto sai e a mãe entra.O pai comenta:
-Temos que ficar de olho nesse guri…
- Por quê?
Ele só pensa em gramática.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se Ler na Escola)

22. Aponte os trechos em que se empregou a função fática.

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23. Qual o significado da expressão “ficar de olho”, presente na antepenúltima fala? A que nível de linguagem pertence tal expressão?

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24. Sobre o que se sustenta o humor do texto?

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 25 . (ENEM 2010)


A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.
                                                   DUARTE, M.O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

 Predomina no texto a função da linguagem:
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.
b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.


 http://soumaisenem.com.br/portugues/lingua-e-linguagem/funcoes-da-linguagem

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

REGRAS DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO (CLIQUE AQUI)


http://www.prof2000.pt/users/lurdes_soa/novo%20acordo%20orto.htm

ATIVIDADE 1 (CLIQUE AQUI)


http://www.estadao.com.br/infograficos/teste-seus-conhecimentos-sobre-o-acordo-ortografico,educacao,321280

ATIVIDADE 2 (CLIQUE AQUI)

http://portal.fmu.br/game/

ATIVIDADE 1 - 8º ANO (CLASSE DE PALAVRAS)

IDENTIFICAR A CLASSE DE PALAVRAS (CLIQUE AQUI)

http://www.prof2000.pt/users/gininha/nomes1.htm

LEITURA E IDENTIFICAÇÃO DAS CLASSES GRAMATICAIS (CLIQUE  AQUI)

http://oportugues.freehostia.com/hotpotatoes/exercicios_de_morfologia/classificacaomorfologicactexto1.htm


ATIVIDADE 2 - 9º ANO (CONJUNÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS)

ATIVIDADE 2 - 9 ANO

Vamos trabalhar as orações coordenadas e subordinadas.



CONJUNÇÕES



ORAÇÕES COORDENADAS (CLIQUE AQUI)

http://www.prof2000.pt/users/mcnunes/or.coor.1.jbc.htm

ORAÇÕES SUBORDINADAS (CLIQUE AQUI)

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ATIVIDADE 1 - 3º ANO (FUNÇÕES SINTÁTICAS)


TIPOS DE SUJEITO 1 (CLIQUE AQUI)


http://oportugues.freehostia.com/hotpotatoes/sintaxe/tiposdesujeito.htm

TIPO DE SUJEITO 2 (CLIQUE AQUI)


http://www.prof2000.pt/users/gininha/sujeito.htm


TIPOS DE PREDICADO (CLIQUE AQUI)


http://oportugues.freehostia.com/hotpotatoes/predicado/predicado_verbal_nominal.htm


FUNÇÃO SINTÁTICA 1 (CLIQUE AQUI)


 http://oportugues.freehostia.com/hotpotatoes/sintaxe/funcoes_sintaticas_DT.htm

FUNÇÃO SINTÁTICA 2 (CLIQUE AQUI)


http://oportugues.freehostia.com/hotpotatoes/sintaxe/funcoes_sintaticas1_DT.htm

FUNÇÃO SINTÁTICA 3 (CLIQUE AQUI)


http://oportugues.freehostia.com/hotpotatoes/sintaxe/funcoes_sintaticas2_DT.htm


FUNÇÃO SINTÁTICA 4 (CLIQUE AQUI)


http://stortomas.no.sapo.pt/funsintacticas.htm

FUNÇÃO SINTÁTICA 5 (CLIQUE AQUI)


http://www.prof2000.pt/users/lurdes_soa/exerciciofuncao.htm

FUNÇÃO SINTÁTICA 6


http://www.prof2000.pt/users/lurdes_soa/exerciciofuncao1.htm


FUNÇÃO SINTÁTICA 7


http://www.soportugues.com.br/secoes/exercicios.php?indice=2


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ATIVIDADE 1 - 9º ANO (INTERPRETAÇÃO DE TEXTO)


04 - A HISTÓRIA DE ESTELA



Tessa era uma idosa senhora que vivia num dos mais pobres bairros de Roma. Pobre, sem amigos, fiava para ganhar a escassa subsistência.
Convertida à religião cristã, Tessa muitas vezes se dirigia de noite às catacumbas, onde pequeno grupo de consagrados cristãos se reunia secretamente para o culto.
O imperador Nero olhava com amargo ódio a todos os cristãos, e seus soldados sempre estavam de vigia para prendê-los. Era plano desse monstro, para exterminar a nova religião, mandar todos os cristãos serem espedaçados por feras, para divertimento do povo romano.
Sendo muito pobre e inteiramente desconhecida, Tessa nunca era molestada pelos soldados e vivia em paz fiando, fiando o dia todo.
Certa noite bateram à porta. Embora fosse tarde e ela nunca recebesse visitas, não temeu levantar-se e abri-la. Que tinha a recear quem era tão pobre? Entrou um homem, conduzindo pela mão uma meninazinha.
- Lúcio exclamou Tessa, admirada. A esta hora! Que grave acontecimento levou você, professor cristão, a expor-se aos perigos destas escuras e perversas ruas?
- Silêncio! Disse ele, levando o dedo aos lábios. Não posso demorar-me. Foram presas hoje centenas de verdadeiros crentes. Amanhã ou depois, serão lançados aos leões.
- Ah! Que crime cometeram? Suspirou Tessa.
Lúcio apenas meneou a cabeça e murmurou “ai”!
- Esta menininha, continuou, trazendo para frente à criança, chama-se Estela. Os pais foram levados e condenados à morte. Salvei-a e trouxe-a aqui. Sei que a senhora é pobre. É lhe possível cuidar dela?
- Sim, certamente, respondeu Tessa. Sempre foi meu sonho ter uma frágil criaturinha, como essa para amar e proteger. Agora Deus me concedeu esse desejo. Louvado seja Seu nome!
Trabalharei para duas, isso é tudo.
- Deus a recompensará também por isso. E agora preciso ir. Adeus, Estelinha. Que o céu as abençoe e as livre da mão dos ímpios!
- Amém! Disse Tessa. Aonde vai a esta hora?
- Unir-me no cárcere a meus infelizes irmãos. Cumpre-me levar-lhes, em seus últimos momentos, o conforto da oração e da palavra de Deus, e depois morrer com eles.
- Quão nobre e bom é você! volveu Tessa, inclinando-se.
Estela era uma criança doce e terna, e sua presença foi um raio de sol na pobre habitação de Tessa. Nada sabia da terrível sorte dos pais e, pequenina como era, logo se habituou ao novo lar. Começou a chamar a Tessa “mãe” e interessou-se profundamente na fiação.
Passaram-se assim longos anos e a criança tornou-se encantadora moça. Nada veio empanar o brilho da quieta casinha, e Tessa começou a nutrir esperanças de ter o imperador encontrado algum outro divertimento que não o de matar cristãos.
Ah! Em breve deveria ser-lhe desfeita a ilusão. Circulou em Roma a notícia de que a estátua de Nero fora danificada por pequeno grupo de cristãos e, sem verificar se isso era ou não verdade, o imperador começou a castigá-los mais que antes.
Dessa vez Tessa e sua amiguinha não escaparam. Foram levadas por soldados e postas em celas separadas, entre outros infelizes prisioneiros, todos condenados à morte.
Chegou a manhã do fatal dia em que todos deveriam ser lançados às feras. As celas em que estavam encerrados os crentes eram prisões ao redor da grande arena, ou circo, e a ela davam acesso, separadas por barras de ferro. Através dessas barras, os infelizes prisioneiros que ainda esperavam sua vez, viam os companheiros sendo mandados à morte.
Os assentos ao redor do vasto circo elevavam-se fileira sobre fileira e estavam tomados por pessoas que se compraziam em assistir a esses terríveis espetáculos. Ninguém os apreciava mais que o próprio Nero. Lá estava ele no camarote imperial, numa espécie de embriagado torpor, contemplando a tortura dos cristãos.
As últimas a serem mandadas para a arena foram Estela e a velhinha. Ao ver Tessa, a menina exclamou: “Oh, Mamãe!”. Correu para ela pondo-lhe os braços em volta do pescoço. Estela não viu os leões, nem o imperador, nem o vasto auditório que a contemplava, mas unicamente a amiga, a quem estreitou nos braços.
De repente Tessa soltou um grito penetrante. “Olhe”! Disse ela apontando para frente, com mão trêmula. Estela voltou-se. Enorme leão africano para elas se dirigia com passo lento e majestoso.
Tessa ajoelhou-se e começou a orar. Estela, encarando o leão, postou-se firmemente em frente da senhora, como para protegê-la. Nessa posição, olhava resolutamente ao animal, enquanto de todos os lados se levantavam murmúrios de admiração. Até o imperador, surpreso ante a estranha cena, inclinou-se para frente.
O leão avançava. Estela estendeu os braços para fechar o caminho entre a fera e sua mãe adotiva. Os romanos nunca tinham visto tanta coragem, e estrepitosos aplausos encheram o ar.
Ao ver o que aconteceu caminhou-se para o terrível animal, ajoelhou-se e, pondo-lhe os braços em volta do pescoço, acariciou-o suavemente. Ele deteve-se por um momento, entre os braços da jovem, e depois, vagarosa e calmamente, voltou-se e foi-se embora.
Nero riu-se. Agradou-lhe a romântica cena. Essa pequena fez alguma coisa nova, disse ele. Não vemos todos os dias tal coragem. Que ela e a mãe sejam postas em liberdade.
Minutos depois, ambas se dirigiam para casa, louvando a Deus pelo milagre que operara para salvá-las.


Responda:

1 – Qual o tema central da história?
2 – Quais são os personagens?
3 – Onde se passa a história?
4 – Crie um outro final para essa história.
5 – Retire do texto 6 adjetivos, 5 substantivos, 4 verbos, 3 pronomes, 2 conjunções e 1interjeição. 
6 - Encontre 7 conjunções e especifique cada uma.